TODO HOMEM É A RUÍNA DE UM HOMEM
Ocupar e ocupar-se. Essas são as veredas para as quais correm o novo romance de Julián Fuks, com um cordão umbilical ligado à sua Resistência, romance que lhe deu prêmios como Jabuti e Saramago. O título, visto assim, pode até parecer previsível, mas A ocupação está muito além da previsibilidade e lugar comum, a escrita de Fuks já nos mostrou isso outrora.
O protagonista Sebastián, também chamado de Julián, é um homem que vive questões complexas em vários âmbitos da sua vida, dividida entre o filho que está para nascer e o pai no hospital que pode vir a falecer. Nessa roupagem autoficcional não faltam elementos que já apareceram antes como a história da família que migrou da Argentina para o Brasil fugindo da mão pesada da ditadura e relação com a origem judaica.
A primeira relação com ocupação é a…
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